Jurisprudência Arbitral Tributária


Processo nº 277/2014-T
Data da decisão: 2014-10-30  IVA  
Valor do pedido: € 64.046,33
Tema: IVA; Despesas em recursos comuns; Dedutibilidade.
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Acordam os Árbitros José Pedro Carvalho (Árbitro Presidente), Clotilde Celorico Palma e António Nunes do Reis, designados pelo Conselho Deontológico do Centro de Arbitragem Administrativa para formarem Tribunal Arbitral na seguinte

 

DECISÃO ARBITRAL

 

I – RELATÓRIO

 

  1. No dia 20 de Março de 2014, o A..., pessoa colectiva de direito público local, contribuinte fiscal número …, com sede no …, …-…, ..., apresentou pedido de constituição de tribunal arbitral, ao abrigo das disposições conjugadas dos artigos 2.º e 10.º do Decreto-Lei n.º 10/2011, de 20 de Janeiro, que aprovou o Regime Jurídico da Arbitragem em Matéria Tributária, com a redação introduzida pelo artigo 228.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro (doravante, abreviadamente designado RJAT), visando a declaração de ilegalidade do indeferimento dos actos de autoliquidação de IVA dos anos de 2008 e 2009, correspondente a um montante de imposto que entendeu pago a mais, no valor de €64.046,33, e do pedido de revisão oficiosa que apresentou relativamente aos mesmos.

  

  1. Para fundamentar o seu pedido alega o Requerente, em síntese, que verificou que, nos anos de 2008 e 2009, havia limitado indevidamente o exercício do seu direito à dedução relativo ao IVA incorrido nos recursos de utilização “mista”, também designados por “recursos comuns”, tendo por conseguinte suportado IVA que, de acordo com as regras deste imposto, seria recuperável, o que agora pretende ver corrigido.

 

  1. No dia 24 de Março, o pedido de constituição do tribunal arbitral foi aceite e automaticamente notificado à AT.

 

  1. O Requerente não procedeu à nomeação de árbitro, pelo que, ao abrigo do disposto na alínea a) do n.º 2 do artigo 6.º e da alínea b) do n.º 1 do artigo 11.º do RJAT, o Senhor Presidente do Conselho Deontológico do CAAD designou os signatários como árbitros do tribunal arbitral colectivo, que comunicaram a aceitação do encargo no prazo aplicável.

 

  1. Em 13 de Maio de 2014, as partes foram notificadas dessas designações, não tendo manifestado vontade de recusar qualquer delas.

 

  1. Em conformidade com o preceituado na alínea c) do n.º 1 do artigo 11.º do RJAT, o Tribunal Arbitral colectivo foi constituído em 28 de Maio de 2014.

 

  1. No dia 26 de Junho de 2014, a Requerida, devidamente notificada para o efeito, apresentou a sua resposta defendendo-se por excepção e por impugnação.

 

  1. O Requerente, devidamente notificado para o efeito, pronunciou-se por escrito quanto às excepções deduzidas pela Requerida na sua resposta, pugnando pela respectiva improcedência.

 

  1. Posteriormente, notificadas para o efeito, ambas as partes vieram aos autos comunicar que prescindiam da realização da reunião a que alude o artigo 18.º do RJAT, pelo que a realização da primeira reunião do Tribunal Arbitral, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 18.º do RJAT, foi dispensada, atendendo a que, no caso, não se verificava qualquer das finalidades que legalmente lhe estão cometidas, e que o processo arbitral se rege pelos princípios da economia processual e proibição da prática de actos inúteis.

 

  1. Subsequentemente, o Requerente e a Requerida apresentaram, de forma sucessiva, as respectivas alegações escritas, nas quais mantiveram e desenvolveram as posições anteriormente assumidas e defendidas nos seus articulados.

 

  1. Por despacho de 16/10/2014 foi prorrogado o prazo de apresentação da decisão final dos presentes autos até ao dia 31/10/2014.

 

  1. O Tribunal Arbitral é materialmente competente e encontra-se regularmente constituído, nos termos dos artigos 2.º, n.º 1, alínea a), 5º. e 6.º, n.º 1, do RJAT.

As partes têm personalidade e capacidade judiciárias, são legítimas e estão legalmente representadas, nos termos dos artigos 4.º e 10.º do RJAT e artigo 1.º da Portaria n.º 112-A/2011, de 22 de Março.

O processo não enferma de nulidades.

Assim, não há qualquer obstáculo à apreciação do mérito da causa.

 

Tudo visto, cumpre proferir

 

II. DECISÃO

A. MATÉRIA DE FACTO

A.1. Factos dados como provados

 

1-      O Requerente é uma pessoa colectiva de direito público local, cuja actividade consiste na prossecução das suas atribuições municipais nas mais diversas áreas de actividade, encontrando-se enquadrado, para efeitos de Imposto sobre o Valor Acrescentado (“IVA”), no regime normal mensal.

2-      Na prossecução das suas atribuições, o Requerente realiza um vasto conjunto de operações inseridas no âmbito dos seus poderes de autoridade, as quais são excluídas da sujeição a IVA ao abrigo do disposto no n.º 2 do artigo 2.º do Código do IVA.

3-      Realiza também o Requerente um conjunto de operações, quer sejam transmissões de bens, quer sejam prestações de serviços, que não se encontram enquadradas no âmbito dos seus poderes de autoridade, estando por isso sujeitas a IVA nos termos gerais do Código deste imposto (ainda que, parte dessa actividade, esteja isenta daquele imposto, nomeadamente o arrendamento de habitações sociais).

4-      Na sequência de uma revisão de procedimentos interna, o Requerente verificou que, nos anos de 2008 e 2009, havia limitado o exercício do seu direito à dedução relativo ao IVA incorrido nos recursos utilizados, indistintamente, para a actividade do Requerente como um todo, quer tributada quer não tributada em IVA.

5-      Assim, e na sequência da revisão de procedimentos efectuada apurou imposto suportado em excesso (i.e., não deduzido) no valor de € 64.046,33 (€ 33.122,49 para o ano de 2008 e € 30.923,84 para o ano de 2009), incorrido na aquisição dos recursos comuns, tendo apurado, para os anos de 2008 e de 2009, um montante de imposto incorrido de € 603.471,48 e € 553.141,42, respetivamente.

6-      Não foi considerado no apuramento do IVA em causa, o imposto suportado na aquisição de bens e serviços que foram utilizados para a actividade do Requerente que é isenta ou não sujeita a imposto (como escolas, sinais de trânsito, construção/pavimentação/arranjos urbanísticos realizados em estradas e habitações sociais), sendo que, quanto a esses recursos, o respectivo IVA foi integralmente assumido como um custo pelo Requerente.

7-      O Requerente calculou as percentagens de dedução, relativas aos anos de 2008 e 2009, as quais ascenderam a 6% para cada um dos anos, conforme cálculos que constam dos documentos 3 e 4 do pedido de revisão oficiosa[1].

8-      No cálculo do IVA a recuperar foi tido em conta que parte do IVA incorrido apenas é dedutível em 50% (como ocorre com o IVA suportado na aquisição de gasóleo).

9-      Tendo em vista recuperar o IVA que entendeu suportado em excesso nos anos de 2008 e de 2009, o Requerente apresentou, no dia 20 de Dezembro de 2012, um pedido de revisão oficiosa.

10-  O Requerente, com o pedido de revisão oficiosa, apresentou dois documentos (um para o ano de 2008 e outro para o ano de 2009 – doc. 1 e 2 do pedido de revisão oficiosa[2]) onde discriminou todos os documentos justificativos do imposto relevado para o apuramento referido, indicando, para cada um deles:

                                                              i.            A respectiva conta do POC;

                                                            ii.            A designação da respectiva conta do POC;

                                                          iii.            O número de documento;

                                                          iv.            O número interno;

                                                            v.            O número da ordem de pagamento;

                                                          vi.            A respectiva data de emissão;

                                                        vii.            O valor contabilizado;

                                                      viii.            A base tributável;

                                                          ix.            O IVA incorrido; e

                                                            x.            O IVA a deduzir adicionalmente.

11-  As facturas que contêm os valores de IVA aos quais o Requerente aplicou o método do prorata, e que integram a listagem referida no ponto que antecede, encontravam-se arquivadas nas instalações do Requerente, disponíveis para consulta, por parte da Autoridade Tributária.

12-  No pedido de revisão oficiosa, o Requerente manifestou a sua inteira disponibilidade para esclarecer quaisquer questões que existam relativamente ao pedido por si apresentado, bem como para disponibilizar toda e qualquer informação adicional que a Autoridade Tributária tivesse por necessária ou conveniente.

13-  No dia 19 de Dezembro de 2013, o Requerente foi notificado pela Autoridade Tributária, através do Ofício n.º …, de 16 de Dezembro de 2013, do indeferimento do pedido de revisão oficiosa apresentado.

14-  Do referido despacho de indeferimento consta, para além do mais, o seguinte:

O pedido de revisão oficiosa dos atos tributários foi efetuado em 2012-12-20, no Serviço de Finanças de ..., pelo que face ao nº 1 do artigo 22° do CIVA e ao nº 1 do artigo 78º da LGT, para as autoliquidações do IVA ocorridas nos meses de Janeiro a Novembro de 2008, o pedido de revisão oficiosa é intempestivo. Para os meses de Dezembro de 2008 a Dezembro de 2009, nos termos do n.º 1 do artigo 78° embora o pedido se enquadre no conceito de autoliquidação do IVA, os atos tributários em causa já não podem ser revistos, uma vez que há norma especial fixando limite para o exercício do direito à dedução.

15-  O pedido de constituição do presente Tribunal arbitral foi apresentado em 20 de Março de 2014.

 

A.2. Factos dados como não provados

Com relevo para a decisão, não existem factos que devam considerar-se como não provados.

A.3. Fundamentação da matéria de facto provada e não provada

Relativamente à matéria de facto o Tribunal não tem que se pronunciar sobre tudo o que foi alegado pelas partes, cabendo-lhe, sim, o dever de selecionar os factos que importam para a decisão e discriminar a matéria provada da não provada (cfr. art.º 123.º, n.º 2, do CPPT e artigo 607.º, n.º 3 do CPC, aplicáveis ex vi artigo 29.º, n.º 1, alíneas a) e e), do RJAT).

Deste modo, os factos pertinentes para o julgamento da causa são escolhidos e recortados em função da sua relevância jurídica, a qual é estabelecida em atenção às várias soluções plausíveis da(s) questão(ões) de Direito (cfr. anterior artigo 511.º, n.º 1, do CPC, correspondente ao atual artigo 596.º, aplicável ex vi do artigo 29.º, n.º 1, alínea e), do RJAT).

Assim, tendo em consideração as posições assumidas pelas partes, a prova documental e o PA juntos aos autos, consideraram-se provados, com relevo para a decisão, os factos acima elencados, tendo ainda sido considerado a falta de contestação especificada dos factos integrantes dos pontos 4 a 9, e 11, que foi livremente apreciada, como dispõe o artigo 110.º/6 do CPPT, tendo em conta um juízo de normalidade fundado na experiência comum das coisas.

 

B. DO DIREITO

 

            Como questão prévia ao conhecimento do mérito do pedido formulado pelo Requerente, questiona a AT:

-          a competência deste Tribunal arbitral em razão da matéria;

-          a tempestividade do pedido de revisão oficiosa relativamente à autoliquidação do exercício de 2008;

Vejamos cada uma destas questões.

 

*

Argumenta a ATA, em primeiro lugar, que sendo objecto da presente lide processual um acto de autoliquidação, e tendo essa lide sido precedida de pedido de revisão oficiosa, e não de reclamação graciosa, não será este Tribunal Arbitral competente para o seu conhecimento.

            Fundamenta a AT o seu entendimento no disposto no artigo 2.º/a) da Portaria 112.º-A/2011, de 22 de Março, que exclui dos litígios cognoscíveis pelos tribunais arbitrais em funcionamento no CAAD, as “Pretensões relativas à declaração de ilegalidade de actos de autoliquidação, de retenção na fonte e de pagamento por conta que não tenham sido precedidos de recurso à via administrativa nos termos dos artigos 131.º a 133.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário”.

            Entende a AT, face a este normativo, que o mesmo deve ser entendido na sua literalidade, proscrevendo do âmbito da jurisdição arbitral tributária as pretensões relativas à declaração de ilegalidade de actos de autoliquidação que não tenham sido precedidas de reclamação nos termos das referidas normas do CPPT.

            Toda a argumentação da AT na matéria, contudo, acaba por se reconduzir a sustentar que foi intenção do legislador restringir a competência da jurisdição arbitral tributária, no que ao conhecimento de ilegalidades de actos de autoliquidação diz respeito, unicamente às situações em que exista uma reclamação apresentada nos termos dos artigos 131.º a 133.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário, porquanto é isso que diz no texto da norma interpretada.

            Sempre ressalvado o respeito devido, não se descortina, de entre as razões oferecidas pela AT, uma razão substancial que explique a racionalidade do entendimento que sustenta. Efetivamente, não se descortina qualquer razão substancial – e a AT nada apresenta nesse sentido – para que, atentos os condicionalismos e especificidades próprios de cada um dos meios graciosos em causa, nos mesmos termos em que os tribunais tributários estão vinculados, não seja cognoscível em sede arbitral a legalidade dos actos de autoliquidação.

            Por outro lado, mesmo uma leitura literalística da norma em questão, desde que devidamente contextualizada, não conduz inexoravelmente ao resultado defendido pela AT nos autos.

            Com efeito, a expressão empregue por tal norma é paralela à própria norma do artigo 131.º/1 do CPPT, o que deverá ser compreendido como uma concretização da assumida, e pacificamente reconhecida, intenção legislativa de que o processo arbitral tributário constitua um meio processual alternativo ao processo de impugnação judicial.

            A norma da alínea a) do artigo 2.º da Portaria 112.º-A/2011, de 22 de Março, deverá também ser entendida como explicando-se pela circunstância de, na sua ausência – e face ao teor do artigo 2.º do RJAT – se perfilar como possível a impugnação direta de actos de autoliquidação, sem precedência de pronúncia administrativa prévia. Ou seja: tendo em conta que face ao RJAT não se configurava como necessária qualquer intervenção administrativa prévia à impugnação arbitral de uma autoliquidação, o teor da portaria deve ser interpretado como equiparando – nesta matéria – o processo arbitral tributário ao processo de impugnação judicial e não, como decorreria da posição sustentada pela AT, passar do 80 para o 8, pegando numa impugnabilidade mais ampla do que a possível nos Tribunais Tributários, e transmutando-a numa mais restrita.

            Assim, razão alguma se vê – e, uma vez mais, nenhum subsídio a AT dá nesse sentido – para que se interprete de forma diferente uma e outra norma, tanto mais que a letra da norma da Portaria 112.º-A/2011, de 22 de Março, acaba por ser menos restritiva que a do CPPT, na medida em que não integra a expressão “obrigatoriamente”, nem se refere a “reclamação graciosa” mas a “via administrativa”. Daí que seja possível uma leitura da própria letra da lei que se contenha no sentido de que apenas está afastado do âmbito da jurisdição arbitral tributária o conhecimento de pretensões relativas à declaração de ilegalidade de actos de autoliquidação, de retenção na fonte e de pagamento por conta que não tenham sido precedidos de recurso à via administrativa em termos compatíveis com os artigos 131.º a 133.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário.

            E é esta a leitura que se subscreve, na sequência do Acórdão proferido no processo 42/2012T do CAAD, e jurisprudência arbitral subsequente.

            Deve, deste modo, improceder a exceção da incompetência do Tribunal Arbitral, invocada pela AT.

 

*

            Seguidamente, e reconhecendo que o objecto mediato do presente processo arbitral é integrado pelos actos de autoliquidação identificados pelo Requerente no seu requerimento inicial, questiona a AT a tempestividade da presente lide, por ter expirado, há muito, o prazo de 90 dias contado desde o termo do prazo legal para o respectivo pagamento voluntário.

            Aponta, correctamente, a AT que “a "tempestividade" do pedido apenas poderia fundar-se na existência de um qualquer meio de impugnação gracioso do acto de autoliquidação onde tivesse sido proferida decisão a negar/indeferir, total ou parcialmente, as pretensões aí formuladas pelo sujeito passivo de imposto (naquilo que constituiria um acto de segundo grau).”.

            Entende, ainda, a AT, que o pedido de revisão oficiosa apresentado pelo Requerente, não incidiu sobre a legalidade de qualquer autoliquidação, tendo o Requerente pedido, unicamente, autorização para a regularização de IVA dos anos de 2008 e 2009, pelo que será insusceptível de interferir com o prazo de impugnação das referidas autoliquidações.

            Antes de prosseguir, diga-se desde logo que não terão aplicabilidade aqui as normas invocadas pela AT relativamente à limitação dos poderes de cognição do tribunal, uma vez que são normas que se aplicam – exclusivamente – ao processo judicial, e não já às fases de procedimento tributário que o precedem.

            Ou seja: as limitações aos poderes de cognição do Tribunal decorrem do pedido (e da causa de pedir) tal como condensados no requerimento inicial do processo tributário (sem prejuízo das alterações subsequentes que àqueles sejam permitidas), e não face ao pedido ou pedidos (ou causa/causas de pedir) formulados nas fases de procedimento tributário que, eventualmente, o hajam precedido.

            Isto que vem de se dizer não preclude, todavia, que como a AT aponta, “a "tempestividade" do pedido apenas poderia fundar-se na existência de um qualquer meio de impugnação gracioso do acto de autoliquidação onde tivesse sido proferida decisão a negar/indeferir, total ou parcialmente, as pretensões aí formuladas pelo sujeito passivo de imposto (naquilo que constituiria um acto de segundo grau).”, e que, como tal, seja efectivamente relevante apurar se o pedido de revisão oficiosa (meio de impugnação gracioso) incidiu mesmo sobre os actos de autoliquidação impugnados, e respectiva legalidade ou se, pelo contrário, teve exclusivamente outro objecto, que não aquele.

            Ora, a resposta a esta questão não poderá deixar de ir no primeiro dos sentidos apontados, o que é revelado pela mera leitura da decisão do pedido de revisão oficiosa, que, para além do mais, diz a fls. 5/6:

O pedido de revisão oficiosa dos atos tributários foi efetuado em 2012-12-20, no Serviço de Finanças de ..., pelo que face ao nº 1 do artigo 22° do CIVA e ao nº 1 do artigo 78º da LGT, para as autoliquidações do IVA ocorridas nos meses de Janeiro a Novembro de 2008, o pedido de revisão oficiosa é intempestivo. Para os meses de Dezembro de 2008 a Dezembro de 2009, nos termos do n.º 1 do artigo 78° embora o pedido se enquadre no conceito de autoliquidação do IVA, os atos tributários em causa já não podem ser revistos, uma vez que há norma especial fixando limite para o exercício do direito à dedução.”.

            Torna-se assim claro que o pedido de revisão oficiosa não só incidiu sobre os actos de autoliquidação indicados pelo Requerente, como apreciou a respectiva legalidade no que diz respeito aos actos de autoliquidação de Dezembro de 2008 a Dezembro de 2009.

            Deste modo, existindo, efectivamente e ao contrário do que sugere a AT, um “meio de impugnação gracioso do acto de autoliquidação”, no caso o pedido de revisão oficiosa, onde foi “proferida decisão a negar/indeferir, total ou parcialmente, as pretensões aí formuladas pelo sujeito passivo de imposto”, e tendo o presente pedido de pronúncia arbitral sido apresentado dentro do prazo legalmente previsto, por referência a tal acto, deve considerar-se tempestiva a presente lide.

 

***

Aqui chegados, torna-se possível, então, abordar a questão de fundo submetida a este Tribunal Arbitral, que se prende com aferir se assiste ou não razão ao decido pelo AT no pedido de revisão oficiosa apresentado pelo Requerente.

Nesta matéria haverá desde logo que concluir que relativamente aos actos de autoliquidação de IVA anteriores a Dezembro de 2008, assiste integralmente razão à AT, no decidido em sede de pedido de revisão oficiosa, já que tal pedido foi apresentado a 20-12-2012, tendo nessa altura decorrido já o prazo de quatro anos contados da liquidação, fixado no n.º 1 do artigo 78.º da LGT.

Relativamente às restantes autoliquidações em causa nos autos, cumpre então apurar se, efectivamente, como entende a AT, há uma norma especial fixando um limite genérico de dois anos para o exercício do direito à dedução, ou se, antes, aquele limite genérico se situa no prazo geral de 4 anos, ressalvados casos especiais.

A este propósito, dispõe o artigo 22.º do CIVA que:

“1 - O direito à dedução nasce no momento em que o imposto dedutível se torna exigível, de acordo com o estabelecido pelos artigos 7.º e 8.º, efetuando-se mediante subtracção ao montante global do imposto devido pelas operações tributáveis do sujeito passivo, durante um período de declaração, do montante do imposto dedutível, exigível durante o mesmo período.

2 - Sem prejuízo do disposto no artigo 78.º, a dedução deve ser efectuada na declaração do período ou de período posterior àquele em que se tiver verificado a recepção das facturas ou de recibo de pagamento do IVA que fizer parte das declarações de importação.

3 — Se a recepção dos documentos referidos no número anterior tiver lugar em período de declaração diferente do da respectiva emissão, pode a dedução efectuar-se, se ainda for possível, no período de declaração em que aquela emissão teve lugar.”.

            Já o artigo 98.º do CIVA refere que:

“1 — Quando, por motivos imputáveis aos serviços, tenha sido liquidado imposto superior ao devido, procede-se à revisão oficiosa nos termos do artigo 78.º da lei geral tributária.

2 — Sem prejuízo de disposições especiais, o direito à dedução ou ao reembolso do imposto entregue em excesso só pode ser exercido até ao decurso de quatro anos após o nascimento do direito à dedução ou pagamento em excesso do imposto, respectivamente.”.

 

Por sua vez, o artigo 76.º do mesmo Código refere, para além do mais, que:

“(...) 2 — Se, depois de efectuado o registo referido no artigo 45.º, for anulada a operação ou reduzido o seu valor tributável em consequência de invalidade, resolução, rescisão ou redução do contrato, pela devolução de mercadorias ou pela concessão de abatimentos ou descontos, o fornecedor do bem ou prestador do serviço pode efectuar a dedução do correspondente imposto até ao final do período de imposto seguinte àquele em que se verificarem as circunstâncias que determinaram a anulação da liquidação ou a redução do seu valor tributável.

(...) 6 — A correcção de erros materiais ou de cálculo no registo a que se referem os artigos 44.º a 51.º e 65.º, nas declarações mencionadas no artigo 41.º e nas guias ou declarações mencionadas nas alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 67.º é facultativa quando resultar imposto a favor do sujeito passivo, mas só pode ser efectuada no prazo de dois anos, que, no caso do exercício do direito à dedução, é contado a partir do nascimento do respectivo direito nos termos do n.º 1 do artigo 22.º, sendo obrigatória quando resulte imposto a favor do Estado.”

 

            Como decorre das normas transcritas, em regra a dedução do imposto deve ser efectuada, em conformidade com o previsto no artigo 22.º do CIVA, na “declaração do período em que se tiver verificado a recepção das facturas. Contudo, poderá ser exercido o direito à dedução em momentos posteriores”, estabelecendo o artigo 98.º/2, do CIVA, um limite máximo de quatro anos quanto ao exercício do direito à dedução, prazo este que se configura como um prazo geral, só aplicável quando não esteja previsto um prazo especial como é o caso do previsto no respectivo artigo 78.º/6. Neste contexto importa aferir, nos casos em que, nos termos de disposições que especialmente o prevejam, a dedução não é efectuada na declaração do período em que se tiver verificado a recepção das facturas, se se verificam ou não os pressupostos de aplicação dos referidos prazos, podendo, nesse caso, aceitar-se como legítimo o exercício do direito à dedução.

            Ou seja, em suma, a regra é a de que a dedução do IVA tem de ser feita na declaração periódica correspondente ao período em que o IVA a deduzir foi suportado, e não, livremente, em qualquer outra declaração periódica subsequente, já que tal é a forma adequada a assegurar que o IVA é deduzido no mesmo período em que é suportado.

Não se deve, em qualquer caso, perder de vista que o exercício do direito à dedução do IVA é um direito fundamental que assegura a neutralidade do IVA, só devendo ser restringido em situações excepcionais.

Com efeito, tal como o Tribunal de Justiça da União Europeia tem vindo sucessivamente a salientar, e conforme resulta da redacção dos artigos 167.° e 179.°/1, da Directiva IVA, o direito à dedução é exercido, em princípio, durante o mesmo período em que se constituiu, ou seja, no momento em que o imposto se torna exigível. Contudo, nos termos do disposto nos respectivos artigos 180.° e 182.°, o sujeito passivo pode ser autorizado a proceder à dedução do IVA, mesmo que não tenha exercido o seu direito durante o período em que esse direito se constituiu, sem prejuízo da observância de determinadas condições e regras fixadas pelas regulamentações nacionais (v., neste sentido, Acórdão de  8 de Maio de 2008, Proc. C-95/07, Caso Ecotrade, Colect., p. I 03457, n.os 42 e 43).

Isto é, os sujeitos passivos podem, em situações que o justifiquem, ser autorizados a proceder à dedução, mesmo que não tenham exercido o seu direito durante o período em que esse direito surgiu. Contudo, nesse caso, o seu direito à dedução fica dependente de determinadas condições e modalidades fixadas pelos Estados membros.

Neste contexto, o TJUE tem vindo a notar que a possibilidade de exercer o direito à dedução sem limites temporais contraria o princípio da segurança jurídica, que exige que a situação fiscal do sujeito passivo, atentos os seus direitos e obrigações face à Administração Fiscal, não seja indefinidamente susceptível de ser posta em causa, pelo que não acolhe a tese segundo a qual o direito à dedução, tal como o direito à liquidação, não pode ser associado a um prazo de caducidade. A este propósito, o TJUE invoca os princípios da eficácia e da equivalência. No tocante ao primeiro, nota que o prazo de caducidade previsto não pode, por si só, tornar praticamente impossível ou excessivamente difícil o exercício do direito à dedução, quanto ao segundo, tem vindo a analisar se nas situações submetidas à sua apreciação há uma equivalência entre o prazo de caducidade concedido aos sujeitos passivos e o prazo concedido à Administração Fiscal para proceder a correcções, tendo concluído, inclusive que, este princípio não é contrariado pelo facto de, em conformidade com a regulamentação nacional, a Administração Fiscal dispor, para exigir a cobrança do IVA devido, de um prazo mais longo do que aquele que é concedido aos sujeitos passivos para solicitarem a sua dedução (cfr., Caso Ecotrade, já cit., n.ºs 43 a 49).

Como nota, embora os Estados membros tenham a faculdade de adoptar, ao abrigo do disposto no artigo 273.° da Diretiva IVA, medidas para assegurar a cobrança exacta do imposto e evitar a fraude, estas não devem, contudo, ir além do que é necessário para atingir tais objectivos e não devem pôr em causa a neutralidade do IVA (veja-se, nomeadamente, Acórdão de 21 de Outubro de 2010, Caso Nidera, Proc. C‑385/09, Colet., p. I‑10385, n.° 49).

É este o contexto em que, na legislação nacional, se permite que, nomeadamente, ocorrendo um erro material ou de cálculo, que tenha ocorrido em prejuízo do sujeito passivo, o mesmo possa ser corrigido no prazo fixado no artigo 78.º/6 do CIVA.

            Outros tipos de erros poderão ser corrigidos mediante a apresentação de declaração de substituição[3], caso tal ainda seja, nos termos legais, possível, ou, não o sendo, mediante pedido de revisão oficiosa, nos termos do artigo 78.º da LGT, desde que verificados, igualmente, os correspondentes pressupostos, o que, de resto, decorre directamente do disposto no artigo 98.º do CIVA, acima transcrito.

Não se subscreve, assim, a tese, sustentada pela AT, de que o pedido de revisão oficiosa, nos termos do artigo 78.º da LGT, relativamente a erro de direito relacionado com o direito à dedução em autoliquidações de IVA, apenas se poderá efectuar no prazo fixado no n.º 6 do artigo 78.º do CIVA[4]. Com efeito, na situação regulada por tal norma – correcção de erros materiais ou de cálculo – não será, de todo, necessário formular qualquer pedido de revisão oficiosa, já que aquela norma do artigo 78.º/6 do CIVA integra uma previsão própria de correcção do erro, motivador do correspondente procedimento, inexistindo qualquer relação entre este e o pedido de revisão oficiosa regulado no artigo 78.º da LGT, para o qual o artigo 98.º do CIVA expressamente remete.

Para além da correcção de erros materiais ou de cálculo, também serão atendíveis factos supervenientes, nos termos regulados pelo n.º 2 do artigo 78.º do CIVA. Cumpre, contudo, ter bem presente a todo o tempo, que uma coisa será um erro (um desfasamento entre a realidade representada na declaração periódica e a realidade – erro de facto – ou o direito) e outra coisa é a ocorrência superveniente de um facto (uma alteração na realidade), que acarreta uma alteração no imposto a suportar ou deduzir, sendo que é a estas últimas situações que a referida norma do artigo 78.º/2 do CIVA se reporta.

            No presente caso, manifestamente, o que ocorreu foi, não a superveniência de qualquer facto, mas, antes, um erro – não material ou de cálculo, como o qualifica a AT – mas de direito, que se terá traduzido na qualificação como não dedutível de imposto que, a posteriori, o Requerente se terá vindo a aperceber que, afinal, o seria.

            Assim, e como é bom de ver, entre a apresentação das declarações periódicas correspondentes ao momento em que as despesas, entretanto entendidas como dedutíveis, foram suportadas, e a apresentação das declarações onde aquelas mesmas despesas foram deduzidas, não ocorreu qualquer alteração na realidade (muito menos alguma das descritas no n.º 2 do artigo 78.º do CIVA). O que ocorreu foi que o Requerente se consciencializou, entretanto, que o enquadramento jurídico que fez das despesas por si incorridas – no que à sua dedutibilidade diz respeito – não teria sido o correcto, ou seja, que havia laborado em erro.

            Deste modo, não será o erro em causa corrigível nos termos do n.º 2 do artigo 78.º do CIVA, desde logo porquanto tal norma não se destina à correcção de erros, assim, como não será corrigível nos termos do n.º 6 do mesmo artigo, uma vez que não se trata de erro de cálculo (não se traduz na incorrecta articulação de parcelas integrantes de operações aritméticas), nem de um erro material (uma divergência entre o que foi escrito e o que, manifestamente, se queria ter escrito no momento em que se escreveu).

            A correcção da situação em causa nos autos (erro de direito na autoliquidação), face a todo o acima exposto, sempre teria de ocorrer por referência à declaração periódica em que o imposto a deduzir foi suportado, se, e nas condições em que legalmente a alteração desta – por iniciativa do contribuinte ou, oficiosamente, pela AT, ainda que a pedido daquele – se possa legalmente dar.

            E foi precisamente isso que aconteceu, relativamente às autoliquidações dos meses de Dezembro de 2008 a Dezembro de 2009, relativamente às quais ocorreu um pedido de revisão oficiosa, nas condições legalmente admitidas, como se viu atrás

            Assim, não se corroborando o entendimento de que, in casu, há uma norma especial fixando genericamente o limite de dois anos para o exercício do direito à dedução, mas, antes, que aquele limite se situa no prazo geral de 4 anos prescrito pela norma do n.º 2 do artigo 98.º do CIVA, sendo que no caso não se verifica qualquer situação de especialidade (designadamente erro de cálculo ou material), e decorrendo dos factos dados como provados a adequação do pro rata sustentado pelo Requerente no seu pedido de revisão oficiosa, deverá o presente pedido arbitral ser julgado procedente relativamente às autoliquidações de IVA de Dezembro de 2008 a Dezembro de 2009, com todas as devidas e legais consequências.

            Fazendo aqui o Tribunal esforço que competiria às partes (no caso, ao Requerente) fazer, discriminam-se de seguida, os documentos e respectivo imposto suportado indevidamente, no total de € 2050,72 referente ao mês de Dezembro de 2008:

Conta POC                              Designação                           N.º Doc.                          N.º interno       NOP Data                                VC                          BT                        IVA             IVA a ded.

62106

Assistência Técnica

01-12-2008

137,68

114,73

22,95

1,38

31630201

Acessorios/materiais - p/ Equip. Informatico

…/2008

02-12-2008

28,44

23,70

4,74

0,28

31630201

Acessorios/materiais - p/ Equip. Informatico

…/2008

02-12-2008

217,80

181,50

36,30

2,18

31630201

Acessorios/materiais - p/ Equip. Informatico

…/2008

02-12-2008

120,24

100,20

20,04

1,20

423

Equipamento básico

02-12-2008

3.311,28

2.759,40

551,88

33,11

62106

Assistência Técnica

02-12-2008

179,10

149,25

29,85

1,79

62220

Formação

…/2008

02-12-2008

25,00

25,00

0,00

0,00

62220

Formação

…/2008

02-12-2008

25,00

25,00

0,00

0,00

62220

Formação

…/2008

02-12-2008

25,00

25,00

0,00

0,00

62220

Formação

…/2008

02-12-2008

25,00

25,00

0,00

0,00

62220

Formação

…/2008

02-12-2008

25,00

25,00

0,00

0,00

62220

Formação

…/2008

02-12-2008

25,00

25,00

0,00

0,00

62220

Formação

…/2008

02-12-2008

25,00

25,00

0,00

0,00

62236

Trabalhos especializados

02-12-2008

4.500,00

3.750,00

750,00

45,00

622121

Gasóleo

n/a

02-12-2008

132,68

110,57

22,11

0,66

31630113

Consumiveis - Combustiveis

03-12-2008

18.235,08

15.195,90

3.039,18

91,18

31630219

Outros

03-12-2008

133,00

110,83

22,17

1,33

622982

Outros

03-12-2008

36,86

30,72

6,14

0,37

622982

Outros

03-12-2008

61,44

51,20

10,24

0,61

622112

Instalações

NOVEMBRO/2008

03-12-2008

1,79

1,70

0,09

0,01

622112

Instalações

NOVEMBRO/2008

..

03-12-2008

16,11

15,34

0,77

0,05

622112

Instalações

NOVEMBRO/2008

03-12-2008

1.923,94

1.832,32

91,62

5,50

622112

Instalações

NOVEMBRO/2008

03-12-2008

211,75

201,67

10,08

0,60

622112

Instalações

NOVEMBRO/2008

03-12-2008

87,71

83,53

4,18

0,25

62233

Publicidade e propaganda

2008…

03-12-2008

672,00

560,00

112,00

6,72

622982

Outros

2008…

03-12-2008

72,00

60,00

12,00

0,72

622982

Outros

2008…

03-12-2008

36,00

30,00

6,00

0,36

622982

Outros

...

03-12-2008

1.000,00

1.000,00

0,00

0,00

622121

Gasóleo

n/a

03-12-2008

20,51

17,09

3,42

0,10

622121

Gasóleo

n/a

03-12-2008

20,00

16,67

3,33

0,10

31630219

Outros

04-12-2008

7,50

6,25

1,25

0,08

62213

Água

04-12-2008

426,42

406,11

20,31

1,22

62213

Água

04-12-2008

15.723,98

14.975,22

748,76

44,93

62213

Água

04-12-2008

17.808,21

16.960,20

848,01

50,88

62213

Água

04-12-2008

3.277,62

3.121,54

156,08

9,36

62236

Trabalhos especializados

04-12-2008

3.600,00

3.000,00

600,00

36,00

62299

Outros

DEZ/2008

..

04-12-2008

197,50

197,50

0,00

0,00

63211

Empr.públicas municipais e intermunicipais

n/a

n/a

04-12-2008

(337,75)

(321,67)

(16,08)

(0,97)

316301031

Consumiveis - Consumos de Secretaria

…/2008

05-12-2008

51,55

42,96

8,59

0,52

31630219

Outros

05-12-2008

6,00

5,00

1,00

0,06

622982

Outros

05-12-2008

1.198,20

998,50

199,70

11,98

62219

Rendas e alugueres

2008….

05-12-2008

117,70

98,08

19,62

1,18

62219

Rendas e alugueres

2008….

05-12-2008

647,25

539,37

107,88

6,47

622982

Outros

N…

05-12-2008

262,50

262,50

0,00

0,00

622982

Outros

N….

05-12-2008

262,50

262,50

0,00

0,00

62219

Rendas e alugueres

2008…

05-12-2008

576,00

480,00

96,00

5,76

622982

Outros

2008…

05-12-2008

60,32

50,27

10,05

0,60

622982

Outros

05-12-2008

40,66

33,88

6,78

0,41

622982

Outros

08-12-2008

300,00

250,00

50,00

3,00

622982

Outros

FS…

08-12-2008

1,36

1,13

0,23

0,01

316101

Materias-primas - Materiais de Construção

09-12-2008

403,20

336,00

67,20

4,03

316201

Materias Subsidiarias - Materiais de Construção

09-12-2008

4,80

4,00

0,80

0,05

31630215

Acess./Materiais - Material de Carpintaria

09-12-2008

240,00

200,00

40,00

2,40

316101

Materias-primas - Materiais de Construção

09-12-2008

11.257,58

9.381,32

1.876,26

112,58

62106

Assistência Técnica

….

09-12-2008

107,74

89,78

17,96

1,08

622982

Outros

2008…

09-12-2008

306,13

255,11

51,02

3,06

622982

Outros

2008/…

09-12-2008

3.000,00

2.500,00

500,00

30,00

31630113

Consumíveis - Combustíveis

….

10-12-2008

511,00

425,83

85,17

5,11

316101

Matérias-primas - Materiais de Construção

10-12-2008

316,32

263,60

52,72

3,16

316101

Matérias-primas - Materiais de Construção

10-12-2008

150,72

125,60

25,12

1,51

316301031

Consumíveis - Consumos de Secretaria

10-12-2008

367,84

306,53

61,31

3,68

316301031

Consumíveis - Consumos de Secretaria

10-12-2008

496,16

413,47

82,69

4,96

31630102

Consumíveis - Eletricidade

s\\ OP

10-12-2008

18,00

15,00

3,00

0,18

31630219

Outros

10-12-2008

6,00

5,00

1,00

0,06

62222

Comunicação

n/a

10-12-2008

415,43

346,19

69,24

4,15

62222

Comunicação

n/a

10-12-2008

583,98

486,65

97,33

5,84

316301031

Consumíveis - Consumos de Secretaria

11-12-2008

612,00

510,00

102,00

6,12

4422102

Instalações de serviços

12-12-2008

26.155,50

24.910,00

1.245,50

74,73

442220518

Construção da Cidade Desportiva de ...

12-12-2008

56.301,00

53.620,00

2.681,00

160,86

442220507

Construção do Complexo Desportivo de ...

12-12-2008

87.028,99

82.884,75

4.144,24

248,65

442220518

Construção da Cidade Desportiva de ...

12-12-2008

51.678,46

49.217,58

2.460,88

147,65

622982

Outros

…/B

12-12-2008

126,00

105,00

21,00

1,26

622121

Gasóleo

n/a

12-12-2008

20,00

16,67

3,33

0,10

31630102

Consumíveis - Eletricidade

..

13-12-2008

35,71

29,76

5,95

0,36

31630102

Consumíveis - Eletricidade

13-12-2008

35,71

29,76

5,95

0,36

31630102

Consumiveis - Electricidade

7620

6906

477

13-12-2008

214,27

178,56

35,71

2,14

31630102

Consumiveis - Electricidade

7620

6906

477

13-12-2008

0,06

0,05

0,01

0,00

31630102

Consumiveis - Electricidade

7621

6907

476

13-12-2008

339,48

282,90

56,58

3,39

31630106

Consumiveis - Rega, Jardins e Prod. Químicos

F.37157

6936

510

15-12-2008

75,06

62,55

12,51

0,75

31630113

Consumiveis - Combustiveis

25675

7027

346

15-12-2008

40,00

33,33

6,67

0,40

31630218

Acessorios/Materiais - Outros

167

6977

617

15-12-2008

62,16

51,80

10,36

0,62

31630218

Acessorios/Materiais - Outros

168

6978

617

15-12-2008

88,62

73,85

14,77

0,89

31630218

Acessorios/Materiais - Outros

169

6979

617

15-12-2008

162,67

135,56

27,11

1,63

31630218

Acessorios/Materiais - Outros

170

6980

617

15-12-2008

131,04

109,20

21,84

1,31

62219

Rendas e alugueres

102319

6824

5454

15-12-2008

1.020,00

850,00

170,00

10,20

62233

Publicidade e propaganda

9820

6913

5520

15-12-2008

720,00

600,00

120,00

7,20

622982

Outros

16

7147

1388

15-12-2008

3.000,00

2.500,00

500,00

30,00

622982

Outros

17

7148

1699

15-12-2008

3.000,00

2.500,00

500,00

30,00

622982

Outros

18

7149

860

15-12-2008

3.000,00

2.500,00

500,00

30,00

622982

Outros

19

7150

1699

15-12-2008

864,00

720,00

144,00

8,64

622982

Outros

20

7151

1699

15-12-2008

1.200,00

1.000,00

200,00

12,00

31630113

Consumiveis - Combustiveis

3/1101

7192

852

16-12-2008

511,00

425,83

85,17

5,11

31630104

Consumiveis - Limpeza, Higiene e Conforto

90878

7007

668

16-12-2008

177,00

147,50

29,50

1,77

31630202

Acessorios/materiais - p/ Material de Escritorio

18093

7000

363

16-12-2008

12,00

10,00

2,00

0,12

316301031

Consumiveis - Consumos de Secretaria

18093

7000

363

16-12-2008

57,20

47,67

9,53

0,57

31630203

Acessorios/materiais - Ferramentas e Utensilios

997

n/a

n/a

16-12-2008

(13,26)

(11,05)

(2,21)

(0,13)

31630106

Consumiveis - Rega, Jardins e Prod. Químicos

999

n/a

n/a

16-12-2008

(23,22)

(19,35)

(3,87)

(0,23)

31630115

Consumiveis - outros

596

1888

1789

16-12-2008

11,75

11,19

0,56

0,03

622982

Outros

2611169215

6699

5384

16-12-2008

36,86

30,72

6,14

0,37

622982

Outros

2611169219

6653

5350

16-12-2008

36,86

30,72

6,14

0,37

622982

Outros

2611169222

6654

5351

16-12-2008

36,86

30,72

6,14

0,37

622982

Outros

2611169224

6655

5352

16-12-2008

36,86

30,72

6,14

0,37

62233

Publicidade e propaganda

1568

6912

5521

16-12-2008

114,00

95,00

19,00

1,14

62102

Espectáculos culturais e recreativos

293

6910

5519

16-12-2008

900,00

750,00

150,00

9,00

31630113

Consumiveis - Combustiveis

2230735716

6993

17

17-12-2008

16.807,25

14.006,04

2.801,21

84,04

31630105

Consumiveis - Saude

453

6962

341

17-12-2008

37,28

35,50

1,78

0,11

31630105

Consumiveis - Saude

453

6962

341

17-12-2008

237,00

197,50

39,50

2,37

31630104

Consumiveis - Limpeza, Higiene e Conforto

453

6962

341

17-12-2008

118,80

99,00

19,80

1,19

31630201

Acessorios/materiais - p/ Equip. Informatico

200800464

6820

462

17-12-2008

26,64

22,20

4,44

0,27

62233

Publicidade e propaganda

55/2008

7160

631

17-12-2008

2.400,00

2.000,00

400,00

24,00

62222

Comunicação

5346

n/a

5346

17-12-2008

73,72

61,43

12,29

0,74

62222

Comunicação

5346

n/a

5346

17-12-2008

19,07

15,89

3,18

0,19

62222

Comunicação

5346

n/a

5346

17-12-2008

1.984,54

1.653,78

330,76

19,85

62222

Comunicação

5346

n/a

5346

17-12-2008

350,54

292,12

58,42

3,51

62222

Comunicação

5346

n/a

5346

17-12-2008

972,59

810,49

162,10

9,73

62222

Comunicação

5353

n/a

5353

17-12-2008

29,65

24,71

4,94

0,30

62222

Comunicação

5353

n/a

5353

17-12-2008

1.117,48

931,23

186,25

11,17

622982

Outros

2847

5504

18-12-2008

20,17

16,81

3,36

0,20

622112

Instalações

5364

n/a

5364

18-12-2008

71,40

68,00

3,40

0,20

622112

Instalações

5364

n/a

5364

18-12-2008

1,80

1,71

0,09

0,01

622112

Instalações

5368

n/a

5368

18-12-2008

850,91

810,39

40,52

2,43

622112

Instalações

5368

n/a

5368

18-12-2008

1,80

1,71

0,09

0,01

622112

Instalações

5368

n/a

5368

18-12-2008

1.040,69

991,13

49,56

2,97

622112

Instalações

5368

n/a

5368

18-12-2008

3,60

3,42

0,18

0,01

622112

Instalações

5368

n/a

5368

18-12-2008

6.734,86

6.414,15

320,71

19,24

622112

Instalações

5368

n/a

5368

18-12-2008

9,00

8,55

0,45

0,03

622112

Instalações

5368

n/a

5368

18-12-2008

8.150,20

7.762,10

388,10

23,29

622112

Instalações

5368

n/a

5368

18-12-2008

5,40

5,13

0,27

0,02

62222

Comunicação

5374

n/a

5374

18-12-2008

448,50

373,75

74,75

4,49

622982

Outros

5375

n/a

5375

18-12-2008

50,01

41,68

8,34

0,50

31630106

Consumiveis - Rega, Jardins e Prod. Químicos

F.38229

7025

510

19-12-2008

100,08

83,40

16,68

1,00

316101

Materias-primas - Materiais de Construcao

2549/20081

7197

979

19-12-2008

1.340,64

1.117,20

223,44

13,41

316101

Materias-primas - Materiais de Construcao

2555/20081

7196

979

19-12-2008

300,29

250,24

50,05

3,00

62299

Outros

25/A

6881

5495

19-12-2008

101,50

96,67

4,83

0,29

622121

Gasóleo

5395

n/a

5395

19-12-2008

178,33

148,61

29,72

0,89

62106

Assistência Técnica

28820903

641

1122

19-12-2008

43,20

36,00

7,20

0,43

62106

Assistência Técnica

28820904

642

1122

19-12-2008

43,20

36,00

7,20

0,43

62106

Assistência Técnica

28820905

643

1122

19-12-2008

43,20

36,00

7,20

0,43

62106

Assistência Técnica

28820911

644

1122

19-12-2008

43,20

36,00

7,20

0,43

62232

Conservação e reparação

464

229

494

19-12-2008

420,00

350,00

70,00

4,20

31630219

Outros

56248

6882

5497

20-12-2008

26,78

22,32

4,46

0,27

316101

Materias-primas - Materiais de Construcao

2573/20081

7195

979

22-12-2008

445,46

371,22

74,24

4,45

316101

Materias-primas - Materiais de Construcao

106408

7199

1111

22-12-2008

162,43

135,36

27,07

1,62

622982

Outros

1159

7201

934

22-12-2008

272,60

227,17

45,43

2,73

622982

Outros

1159

7201

934

22-12-2008

2.247,40

1.872,83

374,57

22,47

622112

Instalações

5416

n/a

5416

22-12-2008

68,01

64,77

3,24

0,19

622112

Instalações

5416

n/a

5416

22-12-2008

1,80

1,71

0,09

0,01

622112

Instalações

5416

n/a

5416

22-12-2008

1.344,10

1.280,10

64,00

3,84

622112

Instalações

5416

n/a

5416

22-12-2008

16,20

15,43

0,77

0,05

622112

Instalações

5416

n/a

5416

22-12-2008

1.922,52

1.830,97

91,55

5,49

622112

Instalações

5416

n/a

5416

22-12-2008

36,00

34,29

1,71

0,10

622112

Instalações

5416

n/a

5416

22-12-2008

8.706,97

8.292,35

414,62

24,88

622112

Instalações

5416

n/a

5416

22-12-2008

190,80

181,71

9,09

0,55

62222

Comunicação

5440

n/a

5440

22-12-2008

44,71

37,26

7,45

0,45

62222

Comunicação

5440

n/a

5440

22-12-2008

60,41

50,34

10,07

0,60

316101

Materias-primas - Materiais de Construcao

2576/20081

7198

979

23-12-2008

288,00

240,00

48,00

2,88

316301031

Consumiveis - Consumos de Secretaria

39546

168

509

23-12-2008

66,00

55,00

11,00

0,66

31630106

Consumiveis - Rega, Jardins e Prod. Químicos

F.38266

402

974

23-12-2008

37,54

31,28

6,26

0,38

31630106

Consumiveis - Rega, Jardins e Prod. Químicos

F.38267

403

974

23-12-2008

37,54

31,28

6,26

0,38

426

Equipamento administrativo

1030

n/a

n/a

23-12-2008

(144,00)

(120,00)

(24,00)

(1,44)

62233

Publicidade e propaganda

616

7202

580

23-12-2008

300,00

250,00

50,00

3,00

622982

Outros

5441

n/a

5441

23-12-2008

1.870,92

1.559,10

311,82

18,71

62222

Comunicação

39546

168

509

23-12-2008

5,34

4,45

0,89

0,05

43224

Estudos e Projectos Cidade Desportiva

2008575/20083

7187

939

24-12-2008

4.416,00

3.680,00

736,00

44,16

426

Equipamento administrativo

80410

180

926

24-12-2008

1.324,80

1.104,00

220,80

13,25

62232

Conservação e reparação

200800474

7002

462

24-12-2008

48,00

40,00

8,00

0,48

316101

Materias-primas - Materiais de Construcao

2595/20081

7194

979

26-12-2008

226,08

188,40

37,68

2,26

31630102

Consumiveis - Electricidade

7915

7167

476

26-12-2008

323,58

269,65

53,93

3,24

31630102

Consumiveis - Electricidade

7916

7168

476

26-12-2008

31,06

25,88

5,18

0,31

31630102

Consumiveis - Electricidade

7917

7169

477

26-12-2008

258,74

215,62

43,12

2,59

31630102

Consumiveis - Electricidade

7917

7169

477

26-12-2008

51,60

43,00

8,60

0,52

31630102

Consumiveis - Electricidade

7917

7169

477

26-12-2008

51,76

43,13

8,63

0,52

31630102

Consumiveis - Electricidade

7917

7169

477

26-12-2008

49,68

41,40

8,28

0,50

31630102

Consumiveis - Electricidade

7917

7169

477

26-12-2008

27,72

23,10

4,62

0,28

622982

Outros

7916

7168

476

26-12-2008

49,20

41,00

8,20

0,49

622982

Outros

7917

7169

477

26-12-2008

69,01

57,51

11,50

0,69

31630113

Consumiveis - Combustiveis

3/1118

7191

852

29-12-2008

438,00

365,00

73,00

4,38

31630102

Consumiveis - Electricidade

7921

7170

476

29-12-2008

18,00

15,00

3,00

0,18

31630115

Consumiveis - outros

2632

242

892

29-12-2008

8,00

6,67

1,33

0,08

31630115

Consumiveis - outros

2632

242

892

29-12-2008

37,06

30,88

6,18

0,37

316101

Materias-primas - Materiais de Construcao

106413

594

1111

29-12-2008

88,99

74,16

14,83

0,89

316101

Materias-primas - Materiais de Construcao

106413

594

1111

29-12-2008

85,51

71,26

14,25

0,86

31630203

Acessorios/materiais - Ferramentas e Utensilios

8291828

968

1103

29-12-2008

8,98

8,98

0,00

0,00

31630113

Consumiveis - Combustiveis

2230750221

218

422

29-12-2008

14.640,91

12.200,76

2.440,15

73,20

622982

Outros

301161364

6923

5523

29-12-2008

86,02

71,68

14,34

0,86

622982

Outros

301161389

6925

5524

29-12-2008

61,44

51,20

10,24

0,61

622982

Outros

301161412

6927

5525

29-12-2008

110,59

92,16

18,43

1,11

622982

Outros

301161461

6928

5526

29-12-2008

61,44

51,20

10,24

0,61

622982

Outros

301161486

6924

5522

29-12-2008

61,44

51,20

10,24

0,61

622982

Outros

301161501

6929

5527

29-12-2008

36,86

30,72

6,14

0,37

622982

Outros

301161559

6932

5528

29-12-2008

61,44

51,20

10,24

0,61

622982

Outros

301162685

6937

5530

29-12-2008

61,44

51,20

10,24

0,61

622982

Outros

301162741

6934

5529

29-12-2008

110,59

92,16

18,43

1,11

622982

Outros

301162822

6939

5532

29-12-2008

110,59

92,16

18,43

1,11

622982

Outros

301162993

6938

5531

29-12-2008

86,02

71,68

14,34

0,86

622982

Outros

3905

7005

90

29-12-2008

875,70

834,00

41,70

2,50

622982

Outros

7921

7170

476

29-12-2008

0,24

0,20

0,04

0,00

6881

Servicos bancários/comissões

5467

n/a

5467

29-12-2008

9,00

7,50

1,50

0,09

6881

Servicos bancários/comissões

5487

n/a

5487

29-12-2008

8,40

7,00

1,40

0,08

62222

Comunicação

5534

n/a

5534

29-12-2008

35,40

29,50

5,90

0,35

62222

Comunicação

5534

n/a

5534

29-12-2008

35,28

29,40

5,88

0,35

62222

Comunicação

5534

n/a

5534

29-12-2008

35,28

29,40

5,88

0,35

62225

Transportes de mercadorias

19232

4566

s\\ OP

29-12-2008

1,98

1,65

0,33

0,02

622982

Outros

312390/C

3187

3647

29-12-2008

3.360,00

3.200,00

160,00

9,60

31630203

Acessorios/materiais - Ferramentas e Utensilios

FS320612

222

1127

30-12-2008

4,80

4,00

0,80

0,05

316301031

Consumiveis - Consumos de Secretaria

804197

362

1139

30-12-2008

513,36

427,80

85,56

5,13

442220518

Construção da Cidade Desportivade ...

633

 

3823

30-12-2008

22.597,05

21.521,00

1.076,05

64,56

62222

Comunicação

5535

n/a

5535

30-12-2008

45,60

38,00

7,60

0,46

62222

Comunicação

5535

n/a

5535

30-12-2008

45,60

38,00

7,60

0,46

62222

Comunicação

5535

n/a

5535

30-12-2008

45,60

38,00

7,60

0,46

62222

Comunicação

5536

n/a

5536

30-12-2008

2.486,82

2.072,35

414,47

24,87

622982

Outros

5538

n/a

5538

30-12-2008

50,62

42,18

8,44

0,51

622982

Outros

5538

n/a

5538

30-12-2008

50,62

42,18

8,44

0,51

62213

Água

1049

n/a

n/a

30-12-2008

(416,79)

(396,94)

(19,85)

(1,19)

62213

Água

1049

n/a

n/a

30-12-2008

(2.311,38)

(2.201,31)

(110,07)

(6,60)

62213

Água

1049

n/a

n/a

30-12-2008

(163,31)

(155,53)

(7,78)

(0,47)

622982

Outros

1057

n/a

n/a

30-12-2008

(2,27)

(1,88)

(0,39)

(0,02)

622982

Outros

1057

n/a

n/a

30-12-2008

(687,72)

(568,36)

(119,36)

(7,16)

622982

Outros

1058

n/a

n/a

30-12-2008

(474,97)

(424,08)

(50,89)

(3,05)

622982

Outros

2611173518

3

6

30-12-2008

36,86

30,72

6,14

0,37

622982

Outros

2800260

277

1101

30-12-2008

810,24

675,20

135,04

8,10

622982

Outros

2800260

277

1101

30-12-2008

522,00

435,00

87,00

5,22

622982

Outros

2008000437

28

135

30-12-2008

48,00

40,00

8,00

0,48

622982

Outros

P3746

1204

1989

30-12-2008

40,66

33,88

6,78

0,41

622982

Outros

1000306

578

971

30-12-2008

2.066,40

1.722,00

344,40

20,66

31630218

Acessorios/Materiais - Outros

171

7190

617

31-12-2008

200,40

167,00

33,40

2,00

31630218

Acessorios/Materiais - Outros

172

7189

617

31-12-2008

258,98

215,82

43,16

2,59

31630218

Acessorios/Materiais - Outros

173

7188

617

31-12-2008

517,97

431,64

86,33

5,18

31630102

Consumiveis - Electricidade

1072

n/a

n/a

31-12-2008

(18,00)

(15,00)

(3,00)

(0,18)

316102

Materias-primas - Materiais Metalurgia e Serralhar

803810

239

897

31-12-2008

38,88

32,40

6,48

0,39

316102

Materias-primas - Materiais Metalurgia e Serralhar

803810

239

897

31-12-2008

23,76

19,80

3,96

0,24

316102

Materias-primas - Materiais Metalurgia e Serralhar

803810

239

897

31-12-2008

1,33

1,11

0,22

0,01

316102

Materias-primas - Materiais Metalurgia e Serralhar

803811

240

897

31-12-2008

3,79

3,16

0,63

0,04

31630102

Consumiveis - Electricidade

7929

158

937

31-12-2008

258,74

215,62

43,12

2,59

31630102

Consumiveis - Electricidade

7929

158

937

31-12-2008

167,64

139,70

27,94

1,68

31630102

Consumiveis - Electricidade

7929

158

937

31-12-2008

489,89

408,24

81,65

4,90

31630102

Consumiveis - Electricidade

7929

158

937

31-12-2008

484,44

403,70

80,74

4,84

31630219

Outros

23783

268

1048

31-12-2008

37,50

31,25

6,25

0,38

31630219

Outros

23783

268

1048

31-12-2008

262,50

218,75

43,75

2,63

622982

Outros

1070

n/a

n/a

31-12-2008

(29,00)

(27,62)

(1,38)

(0,08)

622982

Outros

2611173619

4

7

31-12-2008

36,86

30,72

6,14

0,37

622982

Outros

2611173625

2

5

31-12-2008

36,86

30,72

6,14

0,37

622982

Outros

2611173745

1

4

31-12-2008

61,44

51,20

10,24

0,61

62232

Conservação e reparação

820161

233

897

31-12-2008

87,84

73,20

14,64

0,88

62232

Conservação e reparação

820162

234

897

31-12-2008

81,00

67,50

13,50

0,81

62232

Conservação e reparação

820163

235

897

31-12-2008

48,24

40,20

8,04

0,48

622112

Instalações

DEZEMBRO/2008

45

198

31-12-2008

21,48

20,46

1,02

0,06

622112

Instalações

DEZEMBRO/2008

45

198

31-12-2008

5.935,62

5.652,97

282,65

16,96

622112

Instalações

DEZEMBRO/2008

45

198

31-12-2008

3,58

3,41

0,17

0,01

622112

Instalações

DEZEMBRO/2008

45

198

31-12-2008

287,68

273,98

13,70

0,82

622112

Instalações

DEZEMBRO/2008

45

198

31-12-2008

12,53

11,93

0,60

0,04

62233

Publicidade e propaganda

A166

658

1141

31-12-2008

360,00

300,00

60,00

3,60

62222

Comunicação

97918658

36

159

31-12-2008

468,00

390,00

78,00

4,68

622982

Outros

492/A

1679

1259

31-12-2008

90,60

86,29

4,31

0,26

622982

Outros

492/A

1679

1259

31-12-2008

29,20

27,81

1,39

0,08

62232

Conservação e reparação

98

637

973

31-12-2008

3.600,00

3.000,00

600,00

36,00

 

*

C. DECISÃO

Termos em que se decide neste Tribunal Arbitral:

a)      Julgar procedente o pedido de pronúncia arbitral relativamente às autoliquidações de IVA do Requerente de Dezembro de 2012 a Dezembro de 2009, e, em consequência, anulá-las parcialmente, nos montantes de IVA indevidamente suportado nas mesmas, correspondente, respectivamente, aos montantes de € 2050,72 (Dezembro 2008) e € 30.923,84 (Janeiro a Dezembro de 2009);

b)      Julgar improcedente o pedido de pronúncia arbitral relativamente às autoliquidações de IVA do Requerente de Janeiro a Novembro de 2008, e, em consequência, manter os correspondentes actos tributários;

c)      Condenar o Requerente e a AT nas custas do processo, no montante, respectivamente, de €1.187,28 e de €1.260.72, tendo-se em conta o já pago.

 

D. Valor do processo

Fixa-se o valor do processo em €64.046,33, nos termos do artigo 97.º-A, n.º 1, a), do Código de Procedimento e de Processo Tributário, aplicável por força das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 29.º do RJAT e do n.º 2 do artigo 3.º do Regulamento de Custas nos Processos de Arbitragem Tributária.

 

E. Custas

Fixa-se o valor da taxa de arbitragem em €2.448.00, nos termos da Tabela I do Regulamento das Custas dos Processos de Arbitragem Tributária, a pagar pelo Requerente e AT, na medida dos respectivos decaimentos acima fixado, uma vez que o pedido foi apenas parcialmente procedente, nos termos dos artigos 12.º, n.º 2, e 22.º, n.º 4, ambos do RJAT, e artigo 4.º, n.º 4, do citado Regulamento.

 

 

Notifique-se.

 

Lisboa

30 de Outubro de 2014

 

O Árbitro Presidente

(José Pedro Carvalho - Relator)

 

O Árbitro Vogal

(Clotilde Celorico Palma)

 

O Árbitro Vogal

(António Nunes do Reis)



[1]  Que aqui e dão reproduzidos, devendo acompanhar todas as notificações legalmente necessárias do presente acórdão, que não às partes que deles têm já conhecimento pessoal.

[2] Que aqui e dão reproduzidos, devendo acompanhar todas as notificações legalmente necessárias do presente acórdão, que não às partes, que deles têm já conhecimento pessoal.

[3] Cfr. neste sentido o Ac. do STA de 02-10-2010, proferido no processo 0256/10, disponível em www.dgsi.pt.

[4] Neste sentido, cfr. o Ac. proferido no processo 117/2013T do CAAD, disponível em www.caad.org.pt.